20030429

Vinte Minutos de Trailer, ou "Easter Gay"


É, eu voltei. Não tava com muita inspiração pra escrever ultimamente...

Hoje fui no cinema com o Pedro pra ver uma sessão de "O Apanhador de Sonhos" no Via Parque. Fomos lá porque os "multiplex" brasileiros não quiseram passar antes do filme o curta do Animatrix, "O Último Vôo de Osiris". A moça que nos vendeu os ingressos ainda avisou: "olha, são vinte minutos de trailer, tá!" Nós sabemos, Dona Moça, foi mais por causa do "trailer" mesmo que viemos....

O curta é muito bom, e os "atores" colocam a Aki Ross do FInal Fantasy no seu devido lugar na história, como a "pioneira" entre os "atores digitais". É que os personagens humanos nesse episódio estão muito mais humanos do que os de Final Fantasy. Também dá pra se ter uma idéia do que vem por aí com os dois Matrix novos esse ano...

Já o feature presentation, bem, digamos que é uma boa história mal executada. É uma história do Stephen King (Pedro, depois me cobre o "Christine"), sobre alieníginas, poderes paranormais, e mais algumas coisinhas, mas desanda a partir de certo momento. Tem o Morgan Freeman, mas ele não salva o filme, já que provavlemente esses foram os piores diálogos que ele já teve em toda sua carreira. E o que são aquelas sobrancelhas??? No final das contas, o filme não é um fiasco total, por causa da história, mas quase é, porque deveria ser um filme "sério" de suspense/ficção científica, mas que acaba virando quase uma comédia em determinados pontos, quando a gente ria de coisas que não eram para ser engraçadas.

Mas valeu por ter comprado as balinhas "Tart Tease", que aposto que muita gente aí lembra, mas não com esse nome (infelizmente não me lembro o "outro" nome delas).

(pra entender o "Easter Gay", só vendo o filme... e não, não tem nada a ver com a minha Páscoa...)

20030413

Fui ver "O Pianista" hoje, e o filme é mesmo muito bom. Todo mundo tem falado do filme, que é muito forte, muito pesado, etc, e é mesmo isso tudo. Algumas cenas chocam, por mostrar claramente alguns atos de crueldade exercidos pelos soldados alemães. É impressionante.

Mas a cena que mais me tocou não foi nenhuma dessas cenas graficamente fortes. Foi uma cena mais pro final do filme, em que o personagem principal está se escondendo em um prédio completamente destruído e é descoberto por um oficial alemão. Ele está tentando abrir uma lata de comida quando vê o oficial, e congela de medo. O oficial faz algumas perguntas para ele, mas ele não consegue responder, até que se dá conta de que se não responder pode ser pior e começa a gaguejar algumas palavras. O oficial pergunta a ele o que ele faz. Ele diz que é um pianista. O oficial então, meio que para desafiar, o chama para uma sala ao lado, onde tem um piano, e diz para ele tocar alguma coisa. Ele se senta ao piano, fica olhando para suas mãos, para o teclado, ele já estava a mais de 2 anos sem tocar, e talvez até mesmo sem ouvir quase música nenhuma. De repente ele toca um acorde, e começa a tocar uma música devagar, aos poucos pegando ritmo, e por fim toca uma peça inteira.

A cena em si, a primeira vista, não tem muito de especial, mas foi muito forte pra mim, talvez (e provavelmente) por eu ser tão ligado a música também. Enquanto ele tocava sua peça, a câmera às vezes mostrava o oficial alemão, a princípio de pé ao lado do piano, e depois sentado numa cadeira atrás. E você vai vendo no rosto dele que ele se dá conta da atrocidade que os alemães estavam fazendo, da destruição que causaram. E se vê, durante a cena, a contradição do pianista judeu, que recebe de quem ele mais teme a maior dádiva que ele poderia receber naquele momento. Naquela hora o pianista vai crescendo junto com a música, que vai ficando cada vez mais poderosa, enquanto que o oficial alemão vai diminuindo, se encolhendo na cadeira. Eu chorei com essa cena. Chorei muito.

Depois de terminado o filme, enquanto levava a Fê pra casa, toda hora que me lembrava dessa cena meus olhos se enchiam de lágrimas. Acho que essa cena vai ficar na minha cabeça por um grande tempo ainda. É por isso que eu sempre falo (sem medo de soar como um clichê) que a música exerce um poder enorme sobre as pessoas, e que se pode fazer muito com ela...

(a imagem que aparece como entrada no primeiro link que coloquei ali ao lado para esse filme é exatamente a cena que eu falei)

20030410

Era a polícia mesmo que estava invadindo.

20030409

Essa semana estou trabalhando em um cliente que fica logo ali, na Cidade de Deus. É bom porque é perto de casa, então posso sair mais tarde e chegar mais cedo em casa, mas tem seus problemas. Outro dia estavam comentando de casos que já aconteceram com pessoas da própria empresa quando voltavam para casa já mais tarde, e de recomendações da empresa dos melhores caminhos para se voltar.

Pois hoje estávamos discutindo alguns pontos do projeto no final do dia, quando a moça que está trabalhando com a gente lá se levantou para falar alguma coisa com o gerente dela. Depois de uns cinco minutos (ou menos) ela volta correndo para a baia e falando para fecharmos tudo logo e ir embora, que tinha uma ameaça de invasão. Não sei ainda se era invasão da polícia na Cidade de Deus, ou se era invasão do prédio. No início um outro que estava comigo ficou perguntando pra ela se não era brincadeira, e ela só respondia que não, até que ele também foi convencido e nós saímos. Quando nos levantamos, o andar em que estávamos já estava praticamente vazio. E quando descemos, vimos carros saindo um atrás do outro, e muita gente andando em direção à saída. Resolvemos voltar todos juntos, num "comboio" de carros para fica um pouco mais seguro, mas não vi muita coisa. É verdade que vi alguns carros da polícia indo em direção à CIdade de Deus com sirenes ligadas, mas foi só.

Amanhã devo saber mais.

Depois que cheguei em casa, fui jantar no Friday's com o Pedro, onde demoraram quase uma hora para trazer a conta, e depois fomos ver algumas coisas no Barra Shopping. Foi bom pra bota o papo (mais) em dia.