20020926

Eu ainda não sei em quem vou votar. Não quis nem quero falar de política no blog. Mas vi um bannerzinho no blog da VK e fui ver do que se tratava, e achei um card que eu tinha que colocar aqui. Ei-lo:



Não é lindo isso?
E eu realmente não vou votar na Rosinha. Acho que minha discussão política no blog fica por aqui mesmo =]

20020923

O casamento

O mínimo que eu posso dizer do casamento é que foi lindo. CHoveu, é verdade, mas isso não tirou o brilho da festa. Tati e Daniel estavam radiantes de felicidade (apesar do nervosismo do noivo até a chegada da noiva). A cerimônia foi muito bonita, numa capela pequena com capacidade pra pouco mais de 80 pessoas. Eu, como sempre fui muito ligado à minha irmã, chorei durante toda a cerimônia. Mas isso eu já esperava =] E não chorava de tristeza, de não ter mais o convívio diário e um contato tão constante com ela, mas de alegria de ver os dois realizando um sonho. Apesar das lágrimas caindo, eu não conseguia esconder o sorriso estampado no meu rosto, eu também muito feliz com aquilo tudo, vendo a satisfação dos dois juntos ali no altar.

E ao final da cerimônia, a recepção, no salão adjacente à igreja. Correi tudo perfeitamente, e foi realmente uma festa, todos comemorando a união dos dois, todos muito felizes com aquilo tudo. O bolo foi um espetáculo à parte. Escolhido a dedo pela Tati, chocólatra assumida, era todo coberto de chocolate, e exalava um perfume maravilhoso. Nada bolo branco monótono aqui =]

Confetes, molas de plástico colorido e maracas na pista de dança, foi tudo uma grande farra! E, no final da noite, o noivo já sem o paletó, a noiva com a cauda do vestido toda pisada e manchada de preto, mas ainda sim os dois irradiando felicidade. Falei diversas vezes durante a noite, e repito aqui mais uma vez: que sejam muito felizes, pois os dois merecem muito!!!

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Mudando de assunto, o computador já está totalmente funcional de novo. A partição perdida foi recuperada pelo anti-virus, por incrível que pareça!! O problema que eu tinha tido era com o boot record do HD, que eu recuperei com a dica do MAB, mas como o disco era particionado, a outra partição continuava perdida. Enquanto tentava recuperar meus dados, o anti-virus começou a rodar sua atividade semanal programada, e veio logo avisando que o boot record tinha mudado (o que eu já sabia, afinal de contas eu tinha recuperado o dito cujo manualmente) e se oferecendo pra voltar o backup que tinha. Disse que sim pra ver se assim voltaria a reconhecer a outra partição, e não deu outra!! Estou de volta à civilização!!! =]

20020920

(...) Lanark não desejava ser artista, mas sentia cada vez mais intensamente a necessidade de fazer algum tipo de trabalho, e um escritor só precisava de papel e caneta para começar. E ele também sabia um pouco sobre escrever, pois enquanto perambulava pela cidade tinha visitado bibliotecas e lido o suficiente para saber que havia histórias de duas espécies. Uma era um tipo de cinema escrito, com muita ação e pouco pensamento. A outra era sobre pessoas inteligentes e infelizes, freqüentemente elas também escritoras, que pensavam muito mas faziam pouco. Lanark supunha que um bom escritor produziria mais provavelmente livros da segunda espécie. E pensou: "Sludden disse que eu devia escrever para me expressar. Acho que posso fazê-lo por uma história sobre quem sou e por que decidi escrever uma história. Mas há uma dificuldade."

Ele ficou inquieto e começou a andar de um lado para outro no quarto.

Essa agitação acontecia sempre que seus pensamentos esbarravam na questão de saber quem era. "Que importância pode ter saber quem sou?", perguntou-se em voz alta. "Por que deveria me preocupar em saber por que vim parar aqui?" Foi até a janela e apertou a testa contra o vidro, na esperança de que a pressão fria expulsasse o problema. Pois foi o contrário que aconteceu. A janela dava para um bairro de blocos residenciais vazios, e ele só via através dela a negra silhueta do seu rosto e o quarto foscamente refletido atrás. Ele se lembrou de outra janela com somente um reflexo. Desprazer e contrariedade o inundaram, e algumas fantasias sexuais sobre Rima.


É, finalmente comecei a ler o "Lanark" que eu queria tanto! Desde que li falando sobre este livro no Globo, eu fiquei muito interessado nele, e comecei ontem à noite. Se eu não me forçasse a fechar o livro à 1:30 da manhã, acho que não dormiria... Estou gostando muito, apesar de estar no 8o capítulo e só agora estar começando a entender o que se passa na história. =]

Amanhã é o grande dia, o casamento da minha irmã! Últimos preparativos, correria pra todo lado, mas tudo está indo bem!

Meu computador tinha morrido, mas voltou a respirar hoje, graças a uma dica do MAB. Mas ainda tem coisa pra fazer, uma partição inteira continua desaparecida...

Daqui a pouco o resto do povo chega de BH pra casamento. Seis pessoas dormindo em casa, o que quer dizer que eu, obviamente, serei expulso do meu quarto hoje... fazer o que, né!

Pronto. Chagaram! =]

20020918

AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Paul McCartney e Brian Wilson planejam dueto beneficente

LOS ANGELES - Duas lendas vivas do rock - o ex-Beatle Paul McCartney e o Beach Boy Brian Wilson - irão cantar dois de seus hits juntos em uma rara apresentação beneficente nesta quarta-feira, disseram os organizadores do evento. Eles planejam fazer um dueto da canção "God only knows", do álbum de 1966 dos Beach Boys "Pet sounds", e da faixa título do disco "Let it be", num show para arrecadar fundos à instituição contra minas terrestres que McCartney e sua esposa Heather apóiam.

Os duetos prometem ser o ponto alto do evento, que incluirá outras performances separadas dos dois astros do rock. Ambos trabalharam juntos há 35 anos em "Pet sounds" e no álbum histórico dos Beatles, "Sgt. Pepper?s Lonely Hearts Club Band".

O evento beneficente, no Century Plaza Hotel em Los Angeles, acontece enquanto McCartney e sua banda se preparam para sair em turnê nos EUA.

Os organizadores da instituição Adopt A Minefield estão divulgando o dueto McCartney-Wilson como o primeiro do gênero, mas na verdade os dois se apresentaram juntos em junho no concerto de celebração ao Jubileu da Rainha Elizabeth da Grã-Bretanha.

Reuters

20020911

Como era de se esperar, fiquei em SP. Até sexta-feira de novo. Droga!!!

Era pra eu ter voltado hoje pro Rio, mesmo com toda a comoção a respeito do aniversário de um ano dos atentados em NY, eu ficaria extremamente feliz se pudesse ter entrado naquele avião apertado da VASP hoje e voltado pra casa, mesmo correndo o risco de um bando de malucos resolver jogar o aviâo contra o Corcovado...

Como bem disse a Biscoito Doce, não vou ficar escrevendo aqui sobre isso, porque 99% do que tinha que ser dito já o foi, e eu não tenho tempo nem forças pra escrever o 1% restante. Há um ano atrás, quando ocorreu o atentado, eu cheguei em casa, sentei na frente do computador e escrevi sobre o que eu tinha visto pela TV e a preocupação com os conhecidos que moram ou estavam por lá na época. Hoje eu não tenho ânimo pra isso, o trabalho aqui está muito puxado, bastante estressante, e eu estou mesmo cansado. Só vou terminar esse post, subir pro meu quarto, tomar um banho e dormir.

Pronto. Terminei o post. Agora vou subir pro meu quarto, tomar um banho e dormir.

Boa noite.

20020909

O texto abaixo não é um post no sentido "meu querido diário" do termo, é mais uma tentativa de resenha ou algo que o valha. Isto posto (nossa, falei bonito heim), ei-lo (nossa, falei bonito de novo!):



Meia-noite de uma quinta-feira fria em São Paulo, estou no hotel descansando depois de um dia de trabalho. Estou deitado na cama assistindo TV quando vejo que vai começar um programa na MTV contando "A História do Techno".

"Interessante", eu penso, e começo a assistir. Vejo o primeiro bloco. Quando entram os comerciais, passo a "zapear" os canais paulistas. De repente passo pela Rede Cultura, e ouço um som muito bonito. Não consegui mais trocar de canal....

Era um rapaz com seus 21 anos tocando um violão de 7 cordas de uma maneira que eu nunca tinha visto antes. Olho com mais atenção e consigo ver o rosto dele: é o Yamandú Costa.

Quem???

Yamandú Costa, o violonista que eu já tinha lido bastante a respeito, mas nunca tinha tido a oportunidade de ouvir. Talvez a maioria dos meus sete leitores (se não todos) nunca deve ter ouvido falar dele. Mas de tanto ter visto reportagens saindo nas revistas e jornais, eu já conhecia seu rosto, mas não sua música.

Quanto tempo perdido! Ouvir (e ver) este gaúcho tocar é uma experiência única. De mudar a vida da gente. Mudou a minha no sentido que eu percebi como toco mal.

O programa era com a apresentação que ele fez no Free Jazz de 2001. Tocando praticamente todo o tempo de olhos fechados, debruçado sobre o violão, um sorriso quase invisível nos lábios, lenço no pescoço e bombachas, quase se pode ver a música tomando forma e fluindo pelo seu corpo, saindo de seus dedos gordos para se transformar no som que emana de seu violão de sete cordas e ponte muito alta. Ele toca com muita velocidade, muita força, mas também em certos momentos (e nos momentos certos) com muita delicadeza. Notas em profusão, às vezes são trocadas pelas cordas abafadas com a mão esquerda e batidas com força pela mão direita, transformando o violão em um instrumento puramente de percussão. Até o microfone apontado para o violão se transforma em instrumento, como alternativa ao violão-tambor. Nas passagens mais "fortes" de suas músicas, Yamandú mexe, se contorce todo, fica de pé, senta, levanta as pernas e as balança no ar, como um menestrel calado, falando através do instrumento e de seus gestos. O violão é parte dele, e ele é parte da música.

Tem uma técnica incrível, clássica, mas extremamente pessoal. Por vezes parece ter mais alguém tocando com ele, mas ele é o único presente no palco. Improvisa o tempo todo, abre um sorriso mais visível, esbugalha os olhos, explora todos os limites do instrumento e da música escolhida. Termina seus números de forma brusca, sem deixar a última nota soar, assustando o ouvinte com o fim abrupto e simplesmente esperando os aplausos, que não tardam a brotar da platéia. Esfrega o rosto para limpar o suor e passa as mãos pelos cabelos desgrenhados, olha para o público e começa novamente. Vai do choro ao jazz, do samba ao tango, com muita facilidade e muita personalidade.

É... Acabou o programa. Eu quero mais. Vou dormir, ainda ouvindo as últimas notas daquela música inacreditável...



Tá, agora chega de pretensão, Bruno!

20020904

Mais uma semana em SP, dessa vez é a semana toda. Semana que vem ainda volto, e fico pelo menos até quarta... Tem muito trabalho pra fazer, como sempre, e pouca gente pra fazer o trabalho, como sempre. E, como sempre, a roubada sobra mim. Ou seja, estou aqui pra fazer um trabalho que, pra variar, eu não conheço, e tenho que me virar. E o medo de fazer besteira com os dados do cliente? E o medo de mexer em alguma coisa e estragar todo o resto? É, não é fácil não...

Hoje na hora do almoço aproveitei que o lugar onde estou trabalhando é próximo à famosa Galeria do Rock e dei um pulo lá pra dar uma olhada. Saí com o CD "novo" do Gorillaz (G-Sides) debaixo do braço e pela metade do preço que as lojas "normais" têm cobrado por aí... depois fui almoçar e voltei pro trabalho.

Eu acho que nunca comentei isso aqui antes, mas o casamento da minha irmã está chegando, e a correira lá em casa continua... esse fim-de-semana meus pais vão com ela pra BH buscar o vestido de noiva que mandaram fazer com a minha tia, e mais um pouquinho o dia do casamento chega. A sala em casa está se transformando em depósito pros presentes que estão chegando, até segunda de manhã, quando vim pra SP, ainda estavam amontoando lá... eu falei que ela precisa levar isso logo pro apartamento dela, mas como niguém me ouve mesmo... (hahaha) No sábado eu fui experimentar a roupa pro casamento (meio-fraque, afinal de contas, vou ser padrinho, e tenho que estar apresentável né) e fiquei mais parecendo aquele Frnakenstein clássico que a gente vê em desenhos animados e filmes antigos. Explico: como é numa loja de aluguel de roupas, fui experimentar para ver o tamanho, mas ainda tem que ajustar, porque a calça ficou curta e o paletó ficou com as mangas no meio do braço. Dá pra imaginar a cena? =] No sábado anterior foi o "chá-bar" dos dois (não, eles não são judeus, só o nome parece... foi uma mistura de chá-de-panela com "chá-de-bar", que eu também não sabia que existia) e o que eu posso dizer é que, até certa hora da noite, o noivo aproveitou bastante, mas depois disso ele não deixou as outras pessoas aproveitarem tanto =] Mas foi divertido, tiramos fotos e tudo mais...

Amanhã é o aniversário do meu grande amigo Pedro então, como não sei amanhã vou poder (ou conseguir) postar, já fica aqui o meu protesto, digo, meus parabéns. You rock, dude!!

n.p.: "Left Hand Suzuki Method", Gorillaz ("o som ANIMAL" =P )