20050330

Aventura amazônica I

Há umas semanas atrás eu precisei ir para Belém do Pará para dar um treinamento lá para um cliente da empresa. Fui pego meio de surpresa por esse treinamento, já que a princípio seria uma outra pessoa que iria, mas na última hora me mandaram pra lá. E na última hora mesmo. Na quarta-feira passada eu estava em Brasília, e na quinta-feira à noite fiquei sabendo que teria que vir pra Belém. Eu que não gosto de dar treinamentos ainda tentei de alguma forma evitar isso, mas não funcionou. Na sexta-feira de manhã já recebi a mensagem da companhia aérea confirmando meu vôo no domingo, mas sem horário. E como não tinha acesso a email de onde estava, não pude ver o horário por lá.

Voltando de Brasília, acabei me atrasando em uma reunião no final da sexta-feira e perdi o meu vôo de volta pro Rio, das 18:30. Resultado: só consegui embarcar no das 19:40, o que quer dizer chegar no Rio lá pelas 21:30 (depois de desembarcar, pegar malas, etc). Pra mal dos pecados ainda resolveram fazer uma blitz em frente à Base Aérea do Galeão, que me atrasou mais ainda. Só consegui chegar em casa às 22:30!!! A Fê já me esperava em casa, então pedimos uma pizza e ficamos vendo um DVD mesmo, ao invés de sair. Só fui olhar meu email depois que ela saiu de casa, já quase 1 da manhã. E quando olhei tive a notícia: o vôo no domingo para Belém seria às 10:20 da manhã!!! Adeus, fim-de-semana!

Adeus fim-de-semana porque, como fui pego de surpresa pelo treinamento, não estava preparado pra ir, então tive que ir até o escritório no sábado, não antes de fazer a mala e arrumar mais algumas coisas em casa para a viagem. Chegando no prédio da empresa, quase que o segurança não encontra a minha autorização para entrar. Uns 10 minutos depois ele encontrou e eu fui pegar o elevador.

"Senhor!! A alta tá parada! O senhor vai pra que andar?"
"Vinticinco."
"Ih, vai ter que subir de elevador até o catôze e o resto vai de escada..."

E lá fui eu subir do catôze pro vinticinco de escada. E ainda tem mais... nos fins de semana o ar condicionado do prédio não é ligado, porque não tem gente suficiente no prédio, aí o ar fica muito forte e congela o não-sei-o-quê. Abri a porta do escritório e estava aquele forno. Bebi uns 3 copos de água de uma vez e fui juntar minhas coisas. Pedi à Fê que avisasse o pessoal da banda de casamento que eu chegaria atrasado, fechei tudo e fui descer as escadas.

Depois disso fui pro ensaio (cheguei praticamente uma hora atrasado), que não foi tão bom e o "dono" da banda começou a ficar nervoso e a desanimar. Saí de lá e fui jantar com a Fê, voltei pra casa e fui dormir, que no dia seguinte já seria a viagem.

Domingo de manhã fui pro aeroporto cedo, pra não precisar ficar correndo pra arrumar tudo pro vôo. Pedi à atendendente um assento pela saída de emergência, por causa da velha estória de ter um pouco mais de espaço para as pernas. Entrei no avião e já tinha um cidadão no meu lugar, dizendo que ele estava viajando junto com a mulher que estava ao seu lado, e que eu ficasse com o lugar dele. Adeus, espaço para as pernas!

Quando fecharam as portas do avião, consegui ainda mudar de lugar, e fiquei perto de um sósia do Thom Yorke. Pelo menos era num corredor e não tinha gente ao lado, então deu pra colocar a perna meio pro lado, já que pra frente era difícil. Eram 3h30m de vôo do Rio até Belém, e pelo menos eu tinha meu iPod pra me fazer companhia. E, durante todo esse tempo de vôo, só serviram um sanduíche-íche sem-vergonha-onha com um suquinho-inho.

Quando estávamos chegando perto de Belém, o Thom Yorke cover abriu a janelinha e eu pude ver os rios e as matas, pela primeira vez, com meus próprios olhos. Nunca na minha vida eu havia imaginado algum dia realmente ir até a Amazônia, e vendo aquilo tudo a sensação era muito interessante. A gente não tem a noção da grandiosidade daquilo.

Começando a descida, o comandante disse que teria que esperar mais uns cinco minutos por causa da "chuva de Belém, aquela famosa", que estava caindo. Com isso ficamos sobrevoando os rios mais um pouco. Quando finalmente foi liberado para o pouso, ainda chovia um pouco. Juntando o fato de o avião ser um Fokker 100 (daqueles que andaram caindo há um tempo atrás) mais a chuva e algum vento, durante a descida o avião balançou um bocado, deixando os passageiros um pouco apreensivos.

Desci do avião, eram umas 2 da tarde, peguei minha bagagem e fui dar uma volta no aeroporto antes de ir pro hotel, pra saber onde poderia comprar os bombons de cupuaçu que eu ia levar de volta. Já no aeroporto vi o calor que faz naquela terra. Mais um tempinho e fui pegar um táxi para ir para o hotel, e ver pela primeira vez a cidade.

Cheguei no hotel que tinham me passado o endereço, fiz o check-in e subi para o quarto. Era um apart-hotel num pedaço meio esquisito da cidade, só tinha ar condicionado no quarto, mas a tv e o telefone ficavam na sala. Muito quente. Entrei no quarto, liguei o ar condicionado, e fiquei em frente a ele, pra ver se passava um pouco o calor. Peguei o telefone, levei pro quarto, e fui fazer algumas ligações. Quando liguei para a minha gerente para saber o telefone da pessoa que ia me receber em Belém, ela me perguntou se eu já estava no Hotel Sagres, e eu disse que não, que minha reserva tinha sido feita no Zoghbi, e ela se desesperou. Esse foi o hotel que o pessoal de Belém disse para eu não ficar, e então ela foi correr atrás de algum outro lugar para mim. Depois de várias ligações, informação que todos os hotéis estavam cheios, conseguiu um lugar pra mim no próprio Sagres, e lá fui eu.

Cheguei no (novo) hotel já quase 5h da tarde, fui pro quarto, arrumei minhas coisas e fui finalmente comer alguma coisa, que ainda não tinha almoçado!! Quando chegou meu lanche (porque o restaurante àquela hora só servia sanduíches) e estava começando a comer, toca mais uma vez o meu telefone, e era o Ticiano, que ia me receber em Belém, falando que agora poderia sair comigo, e combinamos de dar um passeio um pouco mais tarde para conhecer a cidade.

Desci na hora marcada e saímos. Com ele vieram a esposa e o filho, e fomos passear de carro, já que ainda chovia. Passamos por vários pontos turísticos e eles iam me dizendo o que era cada lugar, e acabamos por parar no Pólo Joalheiro, um novo espaço cultural construído no antigo presídio São José, onde houve uma rebelião. Ainda mantém lá uma cela como "memorial" da rebelião. Lugarzinho claustrofóbico... Mas hoje está um lugar muito legal, com várias joalherias funcionando lá dentro mesmo, fazendo e vendendo as jóias. Tem também um espaço grande com um (pequeno) anfiteatro no meio, muito artesanato indígena, e uma sorveteria. O Ticiano me disse que quando fosse tomar sorvete, que tomasse dessa sorveteria (Cairu), então fomos tomar um. Ele a esposa pediram um de queijo (!!!), que eu provei. Meio estranho aquilo. Acabei tomando um de taperebá. De lá voltamos para o hotel e eu fui dormir.

Na segunda-feira foi o primeiro dia do curso, pela manhã ainda perdemos um tempo configurando os computadores, e o resto do dia foi tranquilo. À noite comecei meu roteiro "Belém by night" e fui à Estação das Docas, que é um "moderno complexo turístico e gastronômico construído a partir de três antigos galpões das docas de Belém" (Wikipedia). Andamos um pouco por ali, tirei algumas fotos e fomos comer. Escolhemos uma cervejaria que tem lá, a "Amazon Beer", semlhante à que tem aqui no Galeria Gourmet. De volta ao hotel fui tentar conectar meu notebook à internet para enviar uns emails. Só que o hotel não oferece conexão à internet nos quartos, como utilizo hoje em outros hotéis que fico em outras cidades. Em Belém eu tinha que ir até a recepção do hotel com o notebook, e de lá conectar por linha discada em um IG da vida. E quem disse que a conexão prestava? Demorei umas 2h pra fazer o que normalmente faria em uns 15 minutos... as maravilhas da tecnologia! =P

Na terça-feira à noite acabei não fazendo nada, pois estava muito cansado, o treinamento durante o dia foi bastante puxado, então jantei no hotel mesmo e fiquei no quarto até dormir.

Quarta-feira resolvemos almoçar fora, e o Ticiano nos levou até o Parque da Residência, onde era a residência oficial dos governadores do Pará. Hoje tem um orquidário com espécies da Amazônia, uma sorveteria Cairu instalada dentro do vagão do governador da Estrada de Ferro de Bragança, a Estação Gasômetro, onde tem também um teatro e está um Cadillac 1950, toalmente restaurado, que era usado pelo governador e hoje é o único existente no Brasil. Com esse passeio também tive oportunidade de ver um pouco da cidade durante o dia, e eu achei a cidade muito bonita, com suas mangueiras espalhadas pelas ruas. À noite o pessoal que estava fazendo o treinamento tinha combinado de ir no happy hour da cervejaria na Estação das Docas, mas como eu já tinha ido lá preferi ir conhecer outro lugar. Acabei indo conhecer o Mangal das Garças, que é um espaço muito novo (foi inaugurado em janeiro desse ano) com várias atrações, como um viveiro, um borboletário, o farol da cidade, restaurante, etc. De dia deve ser muito bonito =]

Quinta-feira, penúltimo dia em Belém, meu aniversário longe de casa. Recebi alguns telefonemas durante o dia, e na hora do almoço fomos todos juntos comemorar. Era uma churrascaria, então à tarde acabei dando aula para um grupo de zumbis =] À noite saímos mais uma vez com algumas pessoas do curso, e foi a vez de conhecer a Casa das Onze Janelas (sim, são onze janelas: eu contei). A idéia inicial era de ir até Icoaraci, mas era muito longe, então resolveram mudar o plano. Eu não sei exatamente o que tem dentro da casa, parece que é um museu, mas como todos os outros museus da cidade, já estava fechado desde as 18h. Passeamos um pouco por ali, onde fica também a Catedral da Sé (de onde todo ano sai o Círio de Nazaré), o Forte do Presépio e o Museu de Arte Sacra (que eu também não vi). Sentamos no "Boteco" que tem atrás da Casa, à beira do Rio Guajará, comemos uns tira-gostos, batemos papo, e depois voltamos mais uma vez pro hotel.

Sexta-feira, último dia de curso, último dia de Belém, dia de voltar pra casa! Fechamos as atividades do treinamento no final da manhã, e resolvemos sair pra almoçar fora mais uma vez. Me perguntaram onde queria almoçar e eu disse que ainda não tinha conseguido provar da culinária local, então fomos a um restaurante que tinha algumas, e eu pude provar do pato ao tucupi e da maniçoba. O pato é saboroso, apesar de o tucupi ser uma folha de sabor muito forte. A maniçoba é um prato que nem o pessoal de Belém que foi almoçar comigo costuma comer. É feito com carnes, como uma feijoada, mas ao invés de feijão é usada a folha da mandioca cozida durante 7 dias. É um prato muito forte também, que valeu pela experiência, mas também não sei se encaro de novo... =] Depois do almoço ainda fomos provar uma torta de açaí. Não sou fã de açaí, mas provei também, e não estava de todo ruim.

Mais tarde fomos finalmente para o aeroporto para voltar pra casa. A essa altura eu já estava ficando gripado (comecei a espirrar na quinta-feira à noite), e a gripe acabou me acompanhando ainda até o final da semana seguinte. Chegando ao aeroporto, fiz meu check-in, fui tomar mais um sorvete "exótico" na Cairu (dessa vez escolhi o de bacuri), e depois fui comprar os bombons de cupuaçu pra trazer de volta pro Rio (e eles fizeram o maior sucesso). Chegando em casa à noite, tinha uma torta de aniversário me esperando, comi um pedaço com a minha mãe e mais tarde fui dormir.

Para o sábado eu já tinha marcado com uma semana de antecedência de ir bebemorar meu aniversário com os amigos no bom e velho Irish Pub. Foi gente até do pessoal do colégio que eu reencontrei no final do ano passado, graças ao Orkut. Tudo ia bem até chegar o pessoal da Miller e levar todos os meus convidados pra beber cerveja no ônibus. =] Domingo foi o dia de comemorar com a família, e fomos almoçar no Barra Brasa junto com a Fê. E tudo isso com aquela gripe paraense.

Na semana seguinte, ainda bastante gripado, tive que voltar a Brasília por dois dias, e depois de volta ao Rio. Muita vitamina C durante a semana toda pra me livrar da gripe, e na Semana Santa finalmente consegui. Minha madrinha veio de BH passar o feriado aqui, na sexta-feira teve um almoço em casa, fui buscar a Fê, antes do almoço ficamos conversando, tocando e cantando músicas, aí almoçamos. Depois do almoço fui com a Fê, a Tati e o Daniel ver "Robôs" no cinema, que é legal, com várias referências interessantes, e a dublagem sensacional do Robin Williams.

No sábado teve mais um ensaio, esse foi bem melhor, e depois vim de novo pra Barra com a Fê, só saímos pra jantar porque ela estava um pouco desanimada nesse fim de semana, encontramos com o Roque no Galeria Gourmet, ficamos um bom tempo conversando, e depois fui levá-la pra casa. No domingo só saímos pra almoçar/jantar com meus pais e os pais da Fê.

Depois disso começou outra semana. Semana que vem eu volto pra Belém, pra "curtir" mais calor. Já vou comprar um estoque de vitamina C pra levar...


(ah, ainda pretendo terminar de escrever sobre a viagem para MPLS...)

20050307

Diário de viagem

Eu fiz uma viagem há algumas semanas atrás para Minneapolis, para fazer um treinamento na sede da empresa, e escrevi algumas coisas sobre a viagem. Tô passando pra cá aos poucos, mas nas datas da viagem mesmo. Então quem quiser ler, foi entre 06/02 e 19/02...

20050303

*Rádio-despertador começa a tocar de manhã*

- "O que eu tinha pra fazer hoje pra ligar o despertador num sábado? Ih não, hoje é sexta. PQP HOJE É QUINTA!"

E esse foi meu início de dia hoje :)

20050211

MPLS, dia 05

Sexta-feira! Como não tem curso sábado de manhã, foi a "desculpa" que precisávamos pra ir até Downtown Minneapolis.

Antes de vir eu olhei a programação de shows por aqui, e não tinha muita coisa que me agradasse, mas vi um show que me interessou. Magic Slim and the Teardrops no Famous Dave's BBQ & Blues.

Então na sexta-feira nos preparamos pra ir até a cidade ver um show de blues. Como não alugamos carro, pegamos a van do hotel às 18h30 pro MoA, e de lá pegamos o Light Rail até o ponto final, na Hennepin Avenue, que é a rua do restaurante. Só que a estação é mais ou menos no número 520 da Hennepin, e o restaurante ficava no número 3100.

"Quer ir andando, ou pegamos um taxi?"
"Vamos andando mesmo."
"OK!"

2 milhas de caminhada depois...

Chegamos a UPTOWN Minneapolis! Não sem antes pararmos num Walgreens pro Maurício comprar um gorro, porque estava com as orelhas congelando. :) Ainda bem que eu estava com meu kit de sobrevivência: luvas, gorro e cachecol. Andamos mais um pouquinho e achamos (finalmente) o lugar. É um restaurante muito bem montado, bem espaçoso, com um palco muito legal (ah, se tivesse uns assim por aqui...) e logo que chegamos o show começou. Começou às 21h. Faça as contas :)

Foi muito bom ver um show de blues numa casa de blues nos Estados Unidos pela primeira vez. O "Mister Magic" tocou entre músicas suas alguns clássicos: Eyesight To The Blind, Talk To Me Baby (vejam só, uma cover do SBQ!), Born Under A Bad Sign (outra!) e Sweet Home Chicago (mais uma!). O "Black Tornado" terminou o show lá pra meia-noite, e nós, depois de 3 cervejas de 22oz. cada e muita costela de porco, começamos nossa longa jornada de volta ao hotel.

Mas não, não voltamos andando pra pegar o trem pro shopping. Dessa vez fomos mais sensatos e pegamos um taxi direto pro hotel, o que não levou mais que 20 minutos. Enquanto o Maurício meio que dormia num canto, eu vinha batendo papo com o taxista, que me disse que gosta muito de viajar, que deve ir pra República Tcheca nas próximas férias, e que gostaria de conhecer o Brasil. Perguntou se o Brasil era "american-friendly" e ficou surpreso com meu "very" como resposta. TRAGAM-NOS SEUS DÓLARES, IANQUES!!! :) Falamos ainda de política, Bush, essas coisas, e ele me disse que meu inglês é muito bom e sem sotaque nenhum, o que vindo de um completo estranho é muito mais elogio do que das pessoas da empresa.

20050210

MPLS, dia 04

O Maurício ficou no hotel hoje de novo, então resolvi me aventurar: fui andando até umas lojas que ficam mais ou menos perto do hotel. Não fosse o frio e o vento, teria sido tranqüilo. Mas foi "interessante". Vi neve caindo "de verdade" e queimando meu rosto com o frio. Numa dessas lojas peguei uma promoção doida e comprei alguns CD's bem legais. Fui correndo jantar no restaurante que tinha do lado, debaixo de neve. Hambúrguer. Na hora de voltar, liguei pro hotel pra saber se tinha alguma van disponível pra me buscar, mesmo sendo do lado. Disseram que não tinha, que as duas estavam fora, e que poderia levar até 20 minutos pra uma delas voltar do aeroporto. Resolvi voltar andando no frio mesmo. MIND OVER MATTER! MIND OVER MATTER!!! Quando estava atravessando a rua passou uma das vans. FRIO É PSICOLÓGICO! PURAMENTE PSICOLÓGICO!!! Quando estava chegando no hotel passou a outra. Mas tudo bem, já tinha chegado mesmo. Fui correndo pro quarto tomar um banho quente...

20050209

MPLS, dia 03

Hoje de manhã amanheceu branco, está caindo "flurries", que é uma neve bem leve e fininha. A temperatura vai "esquentar" no fim de semana, então deve dar pra aproveitar melhor.

Hoje o Maurício preferiu ficar no hotel estudando, porque ele vai ter que dar essas mesmas aulas daqui a 2 semanas na Cidade do México, então eu resolvi ir jantar no Mall Of America. O lugar é grande demais mesmo. Quando me disseram que era grande, eu não achei que fosse tanto. Quem quiser ter uma ideia por entrar no site. Eu saí do hotel na van das 18h30 pra voltar na das 21h40. Eu levei 1 hora pra dar uma volta no primeiro andar do shopping, sem entrar em quase nenhuma loja. Em cada um dos 4 cantos do shopping tem uma loja de 4 andares: Macy's, Nordstrom, Sears e Bloomingdale's. Claro que não consegui ver nenhuma dessas ainda. No sábado nós vamos de dia pra poder passar mais tempo por lá. Se eu não parasse uma determinada hora pra comer, podendo não ver o resto do shopping, talvez tivesse ficado sem jantar.

Acabou que só dei uma volta por lá mesmo, comprei algumas poucas coisas (encomendas), jantei e voltei pro hotel.

20050208

MPLS, dia 02

Primeiro dia de curso, correu tudo bem. Apesar de ser basicamente o mesmo curso que fiz há uns 6 meses atrás no Brasil, é bom para fazer uma revisão. Também vale pelo contato com o pessoal da empresa aqui, e com os outros que estão no curso, que têm exemplos reais de implementação do produto. Voltamos do curso e fomos até o Best Buy. Por sinal, a sede do Best Buy é aqui em Bloomington, bem perto do hotel. Tem um pessoal do Best Buy hospedado aqui também. O prédio deles é muito grande. Ao lado do hotel tem um prédio da Seagate também, dá pra ver pela janela do meu quarto. Fica na "Computer Drive", bem aqui atrás...

O Maurício comprou algumas coisas lá no Best Buy, e perguntamos se por ali tinha algum restaurante, e pra nossa surpresa, dessa vez tinha. É um restaurante mexicano chamado Don Pablo's e que fica bem do lado do Best Buy. Fomo s até lá a pé mesmo, mas estava tão frio que parecia que não chegava nunca. Pra conseguirmos ir até lá, foi preciso um pit-stop no Babies'r'Us pra pegar um pouquinho do aquecimento. O jantar foi bom e barato, e depois disso voltamos para o hotel. Os canais que tem aqui no hotel passam noticiários praticamente o dia inteiro, então dá pra ver as maluquices dos americanos. A mais recente que vi na TV foi do estado de Virginia, que está estabelecendo uma multa de 50 DÓLARES pra quem for pego usando calças de cintura baixa, deixando a calcinha ou cueca aparecendo. Eu mereço...

20050207

MPLS, dia 01

Saí do Rio ontem à meia-noite. Tentei pegar um lugar na fileira da saída de emergência, mas só teria espaço numa fileira que não reclinava o encosto. Encarar um vôo de 8 horas sem poder reclinar o encosto não dá, pensei. Acabei pegando um lugar lá na frente, com um pouco mais de espaço para as pernas, mas esqueci que nesta fileira os braços dos assentos não levantam. Então eu estava sozinho numa fileira de 3 lugares, mas não podia usar os outros dois por causa dos braços. Ainda por cima estava bem na frente do telão que ficam passando filmes pro navio negreiro, o que dificultou mais ainda meu sono. Passaram "First Daughter", mas começou às 2h da manhã, mas a essa hora eu já estava tentando dormir. No fim das contas, passei as 8h de vôo só tentando dormir mesmo.

Cheguei em Miami por volta das 5h da manhã, que eram 8h no Brasil. Saí do avião, passei pela imigração e alfândega, o que foi bem tranquilo, e despachei minha mala de novo para Chicago.. Fui andar um pouco pelo aeroporto, carregando o sobretudo que estava trazendo para usar aqui, e por isso mesmo estava suando feito um gambá. Comprei um cartão telefônico para ligar para casa, porque o perfume que minha mão tinha encomendado estava mais barato no Free Shop de Miami, mas não tinha ninguém em casa. Logo depois chamaram o meu vôo e eu embarquei para Chicago. Na entrada do vôo, pediram pra tirar os sapatos, vai que eu tinha uma bomba neles...
Como o tempo em Chicago ontem estava muito ruim, o vôo para lá demorou quase 1h para sair de Miami. Isso fez com que um vôo que duraria 3h levasse quase 4h. Tentei dormir mais um pouco nesse vôo, mas também não consegui. Vôo cheio, várias pessoas sem espaço para guardar suas coisas, e ainda tínhamos que esperar esse tempo todo. Passaram "Vanity Fair", mas eu também não vi esse, tentando dormir.

Cheguei em Chicago e já estava bem frio. O portão onde eu ia pegar o vôo para Minneapolis-St. Paul era bem longe de onde eu saí do avião, o que me fez andar bastante (e rápido) com o sobretudo na mão, e suando feito um gambá. No caminho até o portão passei por vários restaurantes do aeroporto, sem poder parar em nenhum deles pra não correr o risco de perder a conexão, já que saí mais tarde de Miami, e com muita fome. Cheguei no portão, vi que ainda tinha algum tempo, e voltei para comprar um cinnamon roll. Não sei se era a fome, mas estava muito bom!!! Deu a hora de pegar o vôo assim que terminei o "Cinnabon" e entrei no avião. Tempo ruim em Chicago ainda, mais uns 40 minutos para poder sair. O avião era um Jet Class da Embraer. Nunca pensei que fosse voar num desses fora do Brasil.

Cheguei em Minneapolis às 10h (16h no Brasil). Mais tarde vi no jornal que o tempo ficou ainda pior em Chicago e os vôos estavam atrasando 80 minutos lá. Aqui tá fazendo uns 15 a 19 graus farenheit, que dá -9 a -7 celsius..
mas tá fazendo bastante sol.

Cheguei no hotel, fui pro meu quarto, liguei pra casa, falei com a Fê, e descansei um pouco. Desci para tentar ir até um Wal-Mart, K-Mart, ou algo parecido, mas não tem nada por perto do hotel aonde se consiga ir andando. Pedi para uma das vans do hotel me levar, e me disseram que iam me ligar quando a van estivesse disponível. Voltei pro quarto e esperei mais 1h e nada. E eu ainda não tinha comido direito. Nesse meio-tempo, o Maurício, que está aqui pra fazer o curso, me ligou chamando pra ir com o pessoal do curso que ele estava a uma churrascaria brasileira (!?!), mas eu não estava com a mínima disposição, depois da viagem. Desci de novo, me disseram que ainda não tinham conseguido uma van pra mim, resolvi um táxi. Fui até o Target, que é mais perto do hotel, andei por ele todo, comprei algumas coisas mas não achei o que eu estava procurando, que era algumas roupas mais quentes, então resolvi ver se tinha alguma coisa para comer por perto; tinha um Pizza Hut, mas era só pra viagem. Liguei de novo pro táxi e fui para o Wal-Mart. De novo andei pela loja toda, olhando preços de algumas encomendas, mas também não achava o que estava procurando. Insisti tanto que acho que materializei uma, a última peça na loja, aparentemente. Também não tinha o que comer por ali, só um McD's, então chamei a van do hotel pra voltar. Cheguei no quarto, deixei minhas coisas e desci pra finalmente comer, às 8h30 da noite, que pra mim ainda era 0h30. Depois disso voltei pro quarto, tomei um banho e fui dormir.

20050109

Foi dada a largada

Muitos já sabem, mas falo de novo. No dia 23/12/2004 eu e a Fê completamos 4 anos de namoro. E eu "aproveitei" a oportunidade pra pedí-la em casamento e, antes que mais alguém pergunte, ela aceitou sim. Por sinal, será que é tão comum assim as pessoas não aceitarem pedidos de casamento? Porque várias pessoas, quando contei que a havia pedido, me perguntaram se ela tinha aceitado. Ou será que não achavam que ela aceitaria casar comigo? Bom, deixa pra lá. O importante é que sim, ela aceitou, e agora começamos a fazer nossos planos.

Ontem de manhã demos o primeiro passo, marcando a data na igreja. A Fê sempre quis que o casamento dela fosse no Outeiro da Glória, porque os pais dela se casaram lá, ela nasceu no dia de N.S. da Glória e foi batizada lá também (pelo menos da "primeira vez", mas isso é outra história). Então fomos até o Outeiro ontem pela manhã para marcar a data, que ficou para 26 de agosto de 2006. A princípio tínhamos pensado em uma data talvez em abril ou maio de 2006, mas acabamos decidindo por agosto depois, e estávamos em dúvida sobre 2 datas de agosto: 12 ou 26. Escolhemos 26 e, por coincidência, este seria o único sábado do mês de agosto de 2006 que poderia ter casamento lá no Outeiro, já que agosto é o mês de N.S. da Glória, e até o dia 20 tem festejos no Outeiro.

À noite fizemos uma reunião na casa da Fê com os pais dela e os meus pais também, para celebrarmos o nosso noivado e a marcação da data. E ontem também ganhamos o nosso primeiro presente, que foi um conjunto de toalhas que a madrinha da Fê comprou pra gente, muito bonito. Ficamos bastante contentes e estamos muito animados com o casamento, mesmo ele sendo só daqui a um ano e meio. Já estamos cheios de planos! :)