20030522

Hoje consegui falar com ela. Esperei até umas 23h30 aqui, que lá seriam 22H30 e liguei. O telefone tocou umas duas vezes e, de repente, começa a tocar uma salsa muito alto, e no meio daquilo tudo ouço a voz da tia dela. Quando ela percebe que sou, passa o telefone pra Fernanda e ela vem falar comigo. Sim, estavam no meio de um show (animadíssimo, por sinal, era como se eu estivesse lá também). Perguntei se ela prefiria me ligar um pouco mais tarde, mas disse que não. Eu também não queria, pra falar a verdade. Eu sei que é pouco tempo, mas foi legal ouvir a voz dela no telefone. Ela me perguntou das novidades, mas eu não conseguia lembrar de nada. E eu tinha bastante coisa pra falar. Não lembrei nem do programador rebelde (*). Nem da Bienal. Nem do filme.

Ela falou que ainda estão em Varadero, que lá é um balneário muito bonito, e que o que se faz mesmo é ficar no hotel (tipo um resort), mas que amanhã vão finalmente para Havana, que parece ser mais interessante.

Amanhã são doizanozecincomeses, ela está lá e eu aqui... mas segunda-feira a gente resolve isso.

[dzzt!]

(*) O programador rebelde? Ah, é um cara que tá trabalhando comigo, e que teoricamente deveria se reportar a mim (estou como líder da equipe no projeto, me reportando a um gerente de projeto). Teoricamente, porque hoje ele simplesmente se recusou a me passar uns arquivos que eu precisava testar. Isso entre outras coisas... fazer o que =\

[dzzt!]

(Já) Terminei o "Plastic Jesus". Tá, é bem curtinho, eu sei. Mas é legal sim.
...e não é que eu ainda não fui pra Brasília??

[dzzt!]

Ontem (terça-feira, na verdade) eu fui à Bienal com o Pedro depois do trabalho. Tivemos um pequeno problema para nos encontrarmos lá, mas depois foi só lazer! Andando pelo pavilhão verde encontramos o stand da Conrad, onde passamos bastante tempo conversando e discutindo sobre os livros e revistas da editora. Acabei saindo de lá com o "Idoru", do William Gibson, e o "Plastic Jesus", da Poppy Z. Brite, debaixo do braço. E, como bom fã de Beatles que sou, não consegui esperar pra começar a ler esse último. Tudo bem, ele é pequeno... O Pedro comprou mais coisas lá que eu (vide o blog dele), e conseguimos uns bons descontos no final. E uma das moças que estavam lá conversando com a gente ainda ofereceu o livro do Alan Moore caso quiséssemos ir trabalhar lá, depois do expediente, até o fim da semana hehe.

Mais algumas voltas e paramos no stand da PointHQ, de onde eu saí com 2 exemplares do Sérgio Aragonés na sacolinha: "Sérgio Aragonés Esmaga Star Wars" e "Plop!".

Procurei pelo "Toda Mafalda" por lá, mas os preços não ajudaram muito, e esse continua na minha wishlist (hint, hint!).

Depois de muito andar, olhar, e comprar, saímos do Riocentro na hora de fechar e fomos comer alguma coisa, que a fome estava brava.

[dzzt!]

Hoje tentei ligar pra Fernanda de novo, mas ninguém atendeu o telefone. Mas o pai dela tinha me ligado um pouco antes, disse que tinha conseguido falar com elas hoje, e que amanhã elas vão para Havana.

20030519

Rings Around The World
(título em homenagem ao Pedro (mas com voz de Pato Donald))


Bom, não é porque eu não tenho controle sobre minha própria vida e não vou acompanhar a viagem dessa vez que vocês também vão ficar sem rir às minhas custas. Pois hoje (mais uma vez) foi a aventura de tentar ligar pra Fernanda no estrangeiro...

A coisa dessa vez seria teoricamente mais fácil. É que a tia dela levou um celular da TIM(ganei), que teoricamente funciona normalmente no exterior. Já volto a falar do telefone, antes algumas explicações...

[dzzt!] ...eu adoro isso! =]

Na verdade o vôo iria sair no sábado de manhã, mas por "falta de quórum" adiaram para sábado à tarde, depois domingo de manhã, e finalmente domingo à tarde. Não contentes, o vôo pararia em Buenos Aires pra encher mais um pouco. Sem contar que tinha uma ponte aérea até SP antes, porque de lá é que sai o vôo da Cubana de Aviación (com serviço de bordo servindo Frango à Cubana e Cuba Libre). Quando elas estavam indo em direção ao portão de entrada pra área de embarque, pedi à Fernanda que ligasse para o meu celular quando chegassem, para eu saber que tinham chegado bem, e mais tarde ligaria de volta. Ficamos combinados assim, já que elas estavam levando o telefone.

[dzzt!] ...yesss! 8]

Voltando, então. Depois que cheguei do cinema, deixei meu telefone ligado durante a noite (coisa que não faço normalmente) no modo silencioso, pra ficar marcada a ligação dela, caso ela ligasse enquanto eu dormia (não sabia exatamente quanto tempo levaria até lá).

Quando acordei, a primeira coisa que fui fazer foi verificar o telefone para ver se tinha ligado, e nada. Tudo bem, fui me arrumar para ir para o trabalho, quando olhei de novo, nada. Aí é que começa a "aventura"...

Durante o dia, fiquei tentando ligar pro bendito do celular da tia dela, e vamos ver se me lembro direito... as primeiras vezes, ainda de manhã, o telefone não dava sinal, mas caía direto na caixa postal. Até aí tudo bem, "não devem ter ligado o telefone ainda", pensei. Esperei mais um pouco até tentar de novo. Agora já não me lembro mais a ordem dos acontecimentos direito, mas foi mais ou menos assim:

Uma vez que liguei a chamada *não* foi para a caixa postal, mas ao invés disso passou por uns 3 ou 4 sinais de chamada (espera para atender) diferentes, e no final disso atendeu uma pessoa que não era nenhuma das três, e ainda por cima não me escutava.

Numa outra vez caiu numa mensagem gravada no estilo das operadoras de telefonia americanas (???): "tuuu-tuuUU-TUUU - Sorry, your call cannot be completed as dialed. Please, check the number and try again. ZERO. ZERO. ZERO. -- ZERO. ZERO. ZERO. -- tuuu-tuuUU-TUUU - Sorry, your call cannot be completed as dialed. Please, check the number and try again. ZERO. ZERO. ZERO. -- ZERO. ZERO. ZERO."

Outra vez veio uma outra gravação, dessa vez em espanhol. "El mobile que usted llamó está fuera de la área de cubiertura, ó desligado. The mobile you have called is out of the covered area, or is turned OUT." Hmmm... um telefone fora de área ou "resultado" é interessante... =]

Em outra vez ainda, recebi uma gravação da Vésper!!!

Sem contar as vezes em que simplesmente dava ocupado, ou, pior ainda, ficava completamente mudo.

Resultado: não consegui falar com ela durante o dia, voltei pra casa, assisti TV, desci com o cachorro, e ainda nada! Aí às 8:55 toca o meu telefone com aquele monte de zeros no visor. Finalmente, heim!!! Peguei meu telefone e liguei pro número do celular, e quem disse que conseguia? Conseguia nada!!! Ainda demorou um pouquinho pra conseguir dar sinal, mas depois de algumas tentativas, consegui. E eis que ela me diz porque não tinha ligado: em primeiro lugar porque a viagem, que teoricamente duraria por volta de 8h, acabou levando 24h; e, em segundo, porque elas não estavam sabendo ligar para o Brasil com o telefone, e tiveram que pedir ajuda à recepcionista do hotel para isso =]

Depois, as primeiras impressões: disse que era muito bonito, e que o hotel era muito bom. Não muito mais que isso, até porque ela disse que não tinha chegado há muito tempo ainda. Vamos ver o que vai acontecer durante a semana...

[dzzt!] ...de novo!
[dzzt!] ...obrigado!!!

Acabou que não vou pra Brasília amanhã. Talvez na quarta-feira. Então de repente amanhã eu ainda tenha mais alguma coisa pra escrever aqui.

Eu ia na Bienal hoje se fosse viajar amanhã, mas como vou ficar no Rio, deixei pra ir amanhã, que não preciso ir sozinho...
Rindo da desgraça dos outros...


E então ela se foi, mais uma vez. Dessa vez é por menos tempo, mas mesmo assim...
Fui vê-la no aeroporto e agora só segunda-feira que vem (se eu estiver no Rio, naturalmente -- ainda tem disso!).

Ontem o Pedro tinha me chamado pra ir hoje assistir Tiros em Columbine, então como ela não estava muito interessada em ver este filme, eu fui. Só que, chegando lá, ainda ficamos esperando um pouco para encontrar uma amiga dele, e o filme lotou. A opção então foi ver Embriagado de Amor, o novo do Paul Thomas Anderson. A Fernanda estava querendo ver este também, mas acabei vendo com eles, pra não perder a viagem. Mas se ela quiser ver, eu vejo de novo, porque o filme é muito bom. Muito bom mesmo. Quem lê o que eu escrevo por aqui, ou me conhece um pouco melhor, já sabe da minha quase-devoção ao Magnolia (que, apesar das 3h15m eu não me canso de ver), e esse filme, apesar da temática bem diferente, me fez apreciar ainda mais o trabalho do P.T.A. Agora fica como dever de casa assistir "Boogie Nights" direito.

Estão categorizando o filme como "comédia romântica", mas não é exatamente. É um romance, sim, mas não exatamente uma comédia. Sim, tem o Adam Sandler no papel principal, mas ele não está fazendo comédia. O filme é sobre um cara muito triste e bastante perturbado, e as pessoas que vão ao cinema riem disso. Riem da desgraça dele. Por exemplo, quando ele não entende bem o que a namorada diz sobre "querer morder as bochechas dele", e ele responde que gostaria de esmagar a cara dela com um martelo, todo mundo ri, mas isso não é comédia. Isso é triste.

Umas dez pessoas saíram durante o filme, provavelmente estavam esperando ver "o filme novo do Adam Sandler", e não "o filme novo do P. T. Anderson", que é mais próximo do que se pode esperar. Eu fui pra ver a segunda opção, e não me decepcionei.

É interessante que de uns anos pra cá eu tenho visto alguns filmes por causa dos diretories ou produtores, e tenho prestado mais atenção nesse tipo de coisa. Coisas como fotografia, por exemplo (sem contar música). E como eu já tinha gostado muito do que ele fez no Magnolia, fui ver esse querendo prestar muita atenção. É muito interessante como ele consegue deixar o espectador no mesmo "clima" dos personagens do filme. Por exemplo, logo no começo do filme, tem várias coisas acontecendo ao mesmo tempo no trabalho do personagem principal, e pra passar essa idéia a seqüência tem um ritmo louco, cortes excessivos, e correria pra todo lado. Quando o personagem principal está num estado, digamos, "deprimido", as cenas são (muito) escuras, e em outras situações são tão claras que ofuscam a vista. Num momento em que o cara surta no banheiro do restaurante, o som fica todo "estourado", dando a sensação de raiva que ele está passando.

E isso tudo faz da experiência de se assistir o filme ainda mais interessante.

Recomendo muito (mas não mais que Magnolia, obviamente...)

np: "He Needs Me", Shelley Duvall

20030518

Finalmente chegou aquela época do ano que os meus 12 leitores regulares aguardam ansiosamente (e eu, por um lado, nem tanto)!!!

= A VIAGEM =


Pois é, depois do estrondoso sucesso das viagens pela Europa Imperial e por Espanha e Marrocos, este ano é Cuba por uma semana. Só que, infelizmente, não vou poder fazer aquele acompanhamento "virtual", porque devo passar grande parte da semana em Brasília... mas, quem quiser, pode fazer uma visitinha ao Cuba Travel.



20030504

Redescobrindo os Clássicos


Na quinta-feira, antes de ir buscar a Fê para tentarmos assistir Frida (mais sobre isso daqui a pouco), fui até o shopping buscar umas fotos pra ela. Estava lá na loja quando passo por dois garotos com suas camisas dos Blink-182's da vida, skate na mochila, etc, um deles falando no celular: "maluco, aqui onde eu tô tem uns discos sinistros do Van Halen!" com o Van Halen II na mão. Depois de desligar, ainda o ouvi falando com o amigo: "Essa bandinha (sic) é muito legal, o guitarrista deles, o Van Halen, toca muito!". Pelo menos ainda tem gente ouvindo coisa boa e não só essas "bandas de rock" que aparecem por aí, imitando o Pearl Jam e fazendo pose de mau. Eu daria crédito à volta da Fluminense FM no ano passado, não fosse a tragédia...

[dzzt!]

Pois é, durante esse feriado, quando ia ouvir um pouquinho de rádio, passava pela Flu FM e já estava achando estranho, que tinha muita batidinha dance por ali. Hoje deixei um pouco nela, tentando ignorar os tum-ts-tum-ts-tum-ts e os vocoders, e me assustei quando ao final de uma música entrou um homem falando... opa, que é isso? A "maldita" (que já não era tão maldita há um tempo) tinha como tradição ter apenas locutarAs, e aí eu entendi: a Fluminense, depois de tomar de volta o lugar da Jovem Pan, não conseguiu se sustentar como "rádio rock" e sucumbiu à programação "light-adulto-contemporâneo"... é uma pena, agora voltamos a ter só a Rádio Cidade pra ouvir umas guitarras, mas só toca o que tá na mídia mesmo, e é um jabá só... é difícil tocar alguma coisa diferente no meio de tanto Detonautas, CPM 22, Raimundos (que já foi uma boa banda), Creed, Puddle of Mudd, Blink-182, etc... e quando toca alguma coisa diferente, são só "as conhecidas".

[dzzt!]

Mas ontem conseguimos finalmente assistir Firda -- não estivesse difícil conseguir ingressos, na verdade estava difícil conseguir chegar no cinema a tempo, já que o filme está passando em poucas salas na cidade. Mas valeu a pena, o filme é muito bem feito, em especial as passagens que misturam o filme com as pinturas. No filme todo mundo come todo mundo, a começar pelo marido da Frida, o (também) pintor mexicano Diego Rivera, que pintou um mural pro Rockefeller Center que foi destruído antes de ser terminado. Fiquei tentando lembrar de um filme que vi há pouco tempo na televisão que mostrava exatamente isso também. A única coisa que eu achei ruim no filme foi a senhora que se sentou ao meu lado, que pasosu o filme inteiro, por assim dizer, "gaseificando" o local. Foi horrível...

20030502

Pra quem ficou curioso com as pastilhas Tart Tease, são essas aqui, ó!