20020115

[Depois de um travamento na máquina, vamos começar de novo...]

Na terça-feira passada, depois do trabalho, passei na casa de Fê, pois íamos no Canecão comprar os ingressos pro show da Rita Lee. Chegndo lá, uma filazinha normal, mas quando chegou nossa vez de comprar, a "atendente" era a mesma que tinha nos vendido os ingressos pro show do Pato Fu no ano passado. Continua tão mal-educada quanto no ano passado, e acabamos nos stressando com ela de novo.



Sábado então foi o dia do show. Fui até a casa da Fê e de lá pegamos um táxi pro Canecão. O motorista não batia muito bem, era engenheiro eletricista, mas diriga táxi há 11 anos "porque tinha vontade, era o que realmente queria fazer". Então tá...

Chegamos no Canecão e fomos procurar nossa mesa... O lugar estava tão cheio que as pessoa que compraram ingressos para "pista" estavam rodeando as mesas ainda vazias como se fossem urubus em volta de carniça. O show estava marcado para as 22h, mas acabou atrasando um pouco, e as pessoas foram ficando impacientes. Mas quando começou o show, todo mundo se acalmou e se animou...
O show mostrou algumas músicas do disco mais recente dela, "Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar", que traz versões de músicas dos Beatles, além de sucessos dela e dos Mutantes. A banda de apoio estava impecável: Roberto de Carvalho (óbvio) na guitarra, Dadi no baixo, João Barone na bateria, o filho dos Tim Maia, que não me lembro o nome, nos teclados, e o filho do Gilberto Gil, que eu também não lembro o nome, na percussão. A própria Rita tocava vários "instrumentinhos" (porque eram pequenos mesmo), todos colocados numa mesinha ao lado do microfone, até mesmo kazoo tinha lá... Fora o theremin, que ela usou logo no início do show, na terceira ou quarta música, mostrando que está bem familiarizada com o instrumento. Afinal de contas, ela usa o theremin desde a época dos Mutantes.
Lá pelas tantas, ela disse que, já que estavam na presença de "Johnny Barone", tocariam uma música dos Paralamas do Sucesso, e atacaram de "Óculos".
Vez ou outra ela fazia comentários, quase que conversando com a platéia, falando de novela, do piscinão de Ramos, e das pessoas "famosas" que estavam presentes lá. Entre os ilustres, estava o Gilberto Gil, que acabou subindo ao palco no bis e cantou duas músicas.
Agora, um último comentário... pela presença de palco da "tia", se o Lobão foi eleito "o Iggy Pop brasileiro" no "Dê Uma Chance À Paz", então a Rita Lee deveria ser considerada "o David Bowie brasileiro", pelos trejeitos teatrais, caras e bocas que fazia, além dos "disfarces"... ela chegou a aparecer fantasiada de Gal Costa quando foi cantar "Baby".

Na volta, como não poderia deixar de ser, pegamos outro motorista de táxi problemático. Esse mais que o outro, colocando Oswaldo Montenegro pra gente ouvir, e cantando junto... "Ai ai ai ai ai ai!! Loirinha daqui, loirinha dali" etc, etc... muito engraçado!!

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